Olivia Wilde falou das polémicas à volta do seu novo filme "Não Te Preocupes Querida" durante uma entrevista na quarta-feira à noite no programa de Stephen Colbert.
O apresentador e comediante tinha os cartões prontos com os temas, do "spitgate" de um vídeo onde Harry Styles parecia inclinar-se para cuspir em Chris Pine, à relação com Florence Pugh e ao despedimento de Shia LaBeouf. E até o facto de Florence Pugh ter sido vista a consumir uma bebida no Festival de Veneza ao mesmo tempo em que decorria a conferência de imprensa sobre o filme.
"Na verdade, o Harry não cuspiu no Chris", disse a realizadora e atriz, que teve um ataque de riso quando Colbert respondeu com humor "Só o tempo o dirá. Veremos. [...] Os cientistas ainda estão a ver".
Durante a entrevista, Wilde falou dos rumores negativos e disse que "toda a experiência mudou a minha maneira de pensar sobre a internet. Mas, na verdade, é algo irónico, porque é sobre isso que realmente é o filme. O filme é sobre as narrativas que nos alimentam e se escolhemos aceitá-las ou questionar as suas fontes".
Quando o anfitrião começou com a pergunta sobre se havia algum problema com Florence Pugh, Olivia Wilde não respondeu diretamente e trouxe à discussão o "spitgate" para englobar os dois rumores como "o exemplo perfeito de que as pessoas vão procurar drama onde quer que possam" e voltou a dizer que tem muito respeito pela protagonista do seu filme.
Colbert recordou que as pessoas chamaram a atenção para o facto de Florence Pugh ter sido vista com um cocktail Aperol Spritz enquanto decorria a conferência de imprensa em Veneza e Olivia Wilde disse que sim e acrescentou "O que acho que é engraçado é que não sinto que os meus colegas realizadores masculinos estão a responder a perguntas sobre os seus atores".
Colbert concordou com ela e disse que "estas não são perguntas que se fazem a um realizador. Eles deviam falar sobre o próprio filme", admitindo que estava a "ceder" ao apetite mediático à volta dos rumores.
O comediante acrescentou: "O letreiro de Hollywood está quase a fazer 100 anos. Quase totalmente homens realizadores durante esses 100 anos. Hollywood, à falta de uma palavra melhor, é uma caixa de brinquedos partidos. Todos temos os nossos problemas, mas é do conhecimento público que os homens realizadores são completamente monstros e mesmo que todos os rumores sobre o teu filme fossem verdadeiros, seriam insignificantes comparados com Alfred Hitchcock ou qualquer um dos grandes realizadores que tanto admiramos".
Questionada sobre as alegações de Shia LaBeouf de que não tinha sido despedido do filme e sim que tinha desistido, Wilde respondeu: "Tivemos que substituir o Shia. Ele é um ator fantástico, mas não ia funcionar. Quando ele me deu o ultimato, tipo ele ou a Florence, eu escolhi a Florence".
"Foi ele a sentir que se estava a afastar e nós a sentir que estávamos a seguir em frente sem ele", acrescentou.
Quando Stephen lhe perguntou se ele saiu de uma forma que lhe permitia achar que desistiu e ela achar que o despediu, a realizadora respondeu que "É uma questão de semântica. Não ia avançar da maneira que ele queria, portanto ele teve que sair".
"No início do processo de fazer o filme, enquanto realizadora, tentei mediar uma situação entre as pessoas para tentar perceber se elas poderiam trabalhar juntas e felizes. Quando ficou claro que não era uma relação de trabalho sustentável, recebi um ultimato. Escolhi a minha atriz – e estou muito feliz por tê-lo feito. Na altura, fiquei chateada por não conseguirmos fazer com que funcionasse? Sim. As informações sobre ele que vieram à tona mais tarde [as acusações e processos de abusos físicos e psicológicos de antigas namoradas] deixaram-me confiante que tomámos a decisão certa? Sem dúvida", sustentou noutro momento da entrevista.
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