Com a quantidade de filmes de super-heróis atualmente feitos em Hollywood é impossível que a maioria seja original.
A opinião foi partilhada de Gwyneth Paltrow, que foi Pepper Potts em vários filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, quando participou recentemente no popular programa Hot Ones, onde as estrelas respondem a perguntas enquanto comem asas de frango cada vez mais picantes.
O anfitrião perguntou à atriz o que pensava do que disse Cord Jefferson, o realizador de "American Fiction", quando ganhou o Óscar de Melhor Argumento Adaptado a 10 de março: destacando o "risco" que tanto é fazer filmes de grande e baixo orçamento, apelou aos estúdios de Hollywood para aumentarem a sua diversidade para revelar mais talentos: "em vez de fazer um filme de 200 milhões, tentem fazer 20 filmes de 10 milhões. Ou 50 filmes de 4 milhões".
"Percebo completamente o que ele quer dizer. Faz sentido, não é? O que se deseja é ter as melhores hipóteses para obter um forte [retorno do investimento]. As pessoas investem muito dinheiro nestas coisas e querem que sejam lucrativas", explicou.
"Mas se olho para a indústria como um todo, existe esta espécie de grande inclinação para os filmes de super-heróis. E o que penso é que só é possível fazer uns tantos bons que pareçam verdadeiramente originais", continuou.
"E mesmo assim, estão sempre a tentar alcançar o maior número de pessoas possível, o que às vezes prejudica a qualidade, a especificidade ou um ponto de vista real", notou.
A vencedora de um Óscar com "A Paixão de Shakespeare" (1998) notou que "cresceu" a fazer muitos filmes com orçamento mais baixo.
"Às vezes, lamento... olho para alguns dos filmes que fiz nos anos 90 e penso que simplesmente não seriam feitos agora", reconheceu.
"Acredito realmente que se consegue arte mais diversificada quando existe menos em jogo e as pessoas podem exprimir a sua verdadeira voz e fazer um filme da forma que querem. E acho que esses são normalmente os que têm mais ressonância", concluiu.
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