Ao fim de 15 anos sem fazer um filme - o último foi "As Manas Rock", ao lado de Susan Sarandon -, Amy Schumer convenceu Goldie Hawn a regressar para interpretar a sua mãe na comédia "Olha Que Duas".
Com a estreia do filme marcada para maio nos EUA, isto significa que chegou a altura de dar entrevistas. E um dos temas de conversa numa entrevista ao The Sunday Times Magazine foi a razão para nunca ter sido feita a sequela de "O Clube das Divorciadas".
Nessa comédia, Hawn, Bette Midler e Diane Keaton eram três amigas que depois de anos a ajudarem os seus maridos a alcançar o sucesso, eram substituídas por raparigas mais novas e decidem elaborar um plano para os atingir num dos pontos mais frágeis: a carteira.
O filme fez mais de 180 milhões de dólares nas bilheteiras em 1996. Foi um sucesso surpreendente que, porém, Hollywood não soube rentabilizar.
Agora, Goldie Hawn revelou que a razão para não existir uma sequela foi que as três recusaram aceitar o mesmo salário baixo do primeiro filme, que consideraram um insulto.
"Não podia acreditar", recordou.
E teria acontecido o mesmo se o filme envolvesse três homens? "Nem pensar", respondeu.
"Mas posso dizer que nunca me calei. Posso dizer que frustrei muitas pessoas. Não estava feliz com a forma como 'O Clube das Divorciadas' foi gerido. As outras raparigas diziam 'Fala tu, fala tu'. Eu sou mais conflituosa. A Bette [Milder] não tinha feito um filme há muito tempo e a Diane [Keaton] é esperta como tudo, mas simplesmente não entra em conflitos. Eu tinha uma boca, portanto podia articular o que estava errado'", recordou.
Interrogada se teve medo de colocar a sua carreira em risco, a atriz foi franca.
"Essa é uma outra história. Sem dúvida que se podia entrar na lista negra. Podia ter acontecido comigo, mas posso olhar para esse filme e sentir muito orgulho por ter usado a minha voz", concluiu.
"Olha que Duas" estreia a 31 de agosto em Portugal.
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