Muito antes de chegar à Casa Branca, Donald Trump fez uma breve e célebre aparição no filme "Sozinho em Casa 2 - Perdido em Nova Iorque", de 1992.
O momento é um rápido encontro com o pequeno McCallister (Macaulay Culkin) no átrio do Hotel Plaza, que tinha sido recentemente comprado pelo então apenas famoso empresário milionário da área do imobiliário de Nova Iorque.
Numa entrevista ao Business Insider em novembro de 2020 para festejar os 30 anos do "Sozinho em Casa" original, que se tornou um clássico de Natal, o realizador dos dois filmes dizia que a participação simbólica não tinha sido uma ideia da sua equipa, mas forçada por Trump.
"Queríamos filmar no lobby, não podíamos recriar o Plaza em estúdio. Pagámos a taxa [para filmar no hotel], mas ele também disse: 'a única forma de usarem o Plaza é se eu aparecer no filme'. Portanto, concordámos em em colocá-lo", recordou Chris Columbus.
Nada disto é uma novidade: numa entrevista em 2017, o ator Matt Damon contou que Trump só aceitava que filmassem nas suas propriedades se o deixassem participar. E há mais de 20 anos, o realizador Taylor Hackford revelava a mesma exigência no comentário áudio na edição DVD de "O Advogado do Diabo" (1997), que tem cenas filmadas na suite de Trump na Trump Tower... mas tinha decidido cortar a participação da versão final.
Quando fizeram a primeira sessão de teste para ""Sozinho em Casa 2", acrescentava Chris Columbus em 2020, "as pessoas festejaram quando Trump apareceu no ecrã. Portanto, disse ao meu editor 'Deixa-o estar no filme. É um momento para o público'. Mas ele forçou a sua participação no filme".
Esta parte da entrevista tornou-se viral este Natal e chegou ao visado, que desmente quase tudo e conta uma versão praticamente oposta na sua rede social, numa breve interrupção nas mensagens e ataques políticos da campanha para voltar a ser presidente dos EUA nas eleições de 2024.
"Há 30 anos (como o tempo voa!), o realizador Chris Columbus e outros imploraram-me para fazer uma participação especial em 'Sozinho em Casa 2'. Eles alugaram o Hotel Plaza em Nova Iorque, que era meu naquela época. Estava muito ocupado e não queria fazer. Eles foram muito simpáticos, mas acima de tudo persistentes. Concordei e o resto é história! Aquela pequena participação especial disparou como um foguete, e o filme foi um grande sucesso, e ainda é, especialmente na época do Natal. As pessoas telefonam-me sempre que é exibido", escreveu Trump na sua Truth Social na quarta-feira.
"Agora, porém, 30 anos depois, Columbus (qual era seu nome verdadeiro?) divulgou um comunicado em que eu forcei a entrada no filme. Nada poderia estar mais longe da verdade. Essa participação ajudou a tornar o filme um sucesso, mas se eles se sentiram forçados ou não me queriam, por que me colocaram lá e mantiveram durante mais de 30 anos? Porque fui, e ainda sou, bom para o filme, é por isso! Apenas mais um tipo de Hollywood do passado à procura de uma forma rápida de angariar publicidade à custa de Trump!", concluiu.
Partilhando a mensagem na rede social X (antigo Twitter), o comentador e opositor político conservador Ron Filipkowski escreveu: "É realmente espantoso como este frágil e sensível floco de neve é visto como uma espécie de duro pelo culto. Que bebé".
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