“Seu nome era Gisberta” é um documentário vídeo de realidade imersiva, em 360 graus, sobre a vida da transexual brasileira Gisberta Salce, assassinada em 2006, no Porto.
O projeto luso-brasileiro de Sérgio Galvão Roxo, com ilustração e animação de Pedro Velho, “foi criado como uma ferramenta para a educação, intervenção social e ativismo contra a transfobia”, escreve o festival na programação.
Também na programação dedicada à realidade virtual do Ji.hlava está o projeto luso-italiano “Surfacing”, de Rossella Schillaci, sobre o dia-a-dia de mulheres reclusas, em prisões, acompanhadas dos filhos menores.
O Ji.hlava conta na programação com outras produções portuguesas, como o documentário “Rosinha e outros bichos do mato”, de Marta Pessoa, sobre propaganda da ditadura do Estado Novo, racismo e colonialismo.
“Em 1934, o Estado Novo apresenta-se ao mundo com uma Exposição Colonial onde o viril Império português exibe como símbolo máximo Rosinha, uma nativa guineense”, refere a sinopse pela produtora Três Vinténs.
O filme está na competição internacional, enquanto para a competição de filmes experimentais foi selecionada a curta-metragem checa “Mas eternamente não”, de Anezka Horová e Klára Trsková, coproduzida com Portugal e São Tomé e Príncipe, que junta imagens de arquivo deste país lusófono e poesia de Alda Espírito Santo e Conceição Lima.
A coprodução portuguesa "Last Things", realizada e escrita pela artista norte-americana Deborah Stratman, já exibida em Portugal, e “A morte de uma cidade”, de João Rosas, premiado pela associação Doc Alliance, estão também integrados na programação do festival checo.
“Dust is a whale, is sunlight”, da mexicana María Casas Castillo, “Falling”, da húngara Anna Gyimesi, “Kata's Motherhood”, da realizadora indiana Santwana Bayaskar, e “Reversible”, da filipina Inshallah Montero, todos com coprodução portuguesa minoritária, vão estar igualmente no festival dedicado ao documentário.
O 27º. festival Ji-hlava decorrerá de 24 a 29 de outubro.
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