O principal galardão do evento, hoje atribuído, distingue um filme “que se constrói a partir de uma aproximação subtil e inteligente a uma criança e ao seu ambiente, construindo tensão num mundo onde a ternura e a crueldade podem coexistir”, pode ler-se na declaração do júri.
O Grande Prémio, no valor de dois mil euros, distingue então uma curta “lúdica”, sem “dúvidas”. “É assim que adoramos um filme”, afirma o júri.
“That’s how I love you” é, ainda, o candidato do Curtas aos European Film Awards.
Na competição nacional, o prémio para melhor filme foi para a coprodução luso-brasileira “Rinha”, realizado por Rita M. Pestana, que permite sentir, “em cada ‘frame’, o amor na evocação, revelando uma mulher forte e afetuosa”, segundo o júri.
Ambientado em Belo Horizonte, no Brasil, o filme segue a vida de Cássia com o pai, em busca de “libertar-se do que seria a permanência numa vida condenada a uma espiral de pesar e carrego”, segundo a sinopse.
O júri das competições internacional e nacional é composto pela cineasta espanhola Laura Ferrés, a programadora Jing Haase, a montadora Laure Saintmarc, o programador Miguel Ribeiro e a também programadora Caroline Maleville.
Ainda na competição internacional, o prémio de melhor animação foi para o francês “Les animaux vont mieux” (“Os animais estão melhor”), de Nathan Ghali, enquanto o melhor documentário distinguiu o norte-americano Nate Lavey, com “Very Gentle Work”.
Do Panamá, chegou a melhor ficção, “Panadrilo” (“Andarilho”), de Marcela Heilbron, com o prémio do público a distinguir “Blhec!”, animação francesa de Loïc Espuche.
No quadro nacional, o galardão de melhor realização coube a David Pinheiro Vicente, por “Os Caçadores”, enquanto o prémio do público distinguiu “Percebes”, obra de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, já premiada no festival de animação de Annecy, um dos maiores do género.
Na competição experimental, a britânica Miranda Pennell foi a vencedora, com “Man Number 4”, com uma menção honrosa para a portuguesa Rita Morais, com “There is gold everywhere”.
“Slimane”, filme de Carlos Pereira produzido na Alemanha, venceu o prémio da secção estudantil, Take One!, em que a melhor realização coube a Carolina Rosendo, por “A Solo”.
O Curtinhas, espaço para cinema infantil, distinguiu “O Mistério das Meias Desaparecidas”, do estónio Oskar Lehemaa, enquanto o melhor vídeo musical foi para o videoclip que Pedro Fonseca e Vasco Rafael Carvalho rodaram para “Fantasias”, de Conferência Inferno.
A 32.ª edição deste festival internacional de cinema termina no domingo com a entrega de prémios e exibição das curtas premiadas.
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