
O festival é um ponto de encontro para olhares de autor, promovendo reflexões críticas sobre o mundo contemporâneo e contribuindo para a memória coletiva do território de Melgaço.
Na 11ª edição, trinta e três filmes competirão pelos prestigiados prémios Jean-Loup Passek e D. Quixote (FICC). Pela primeira vez, será também atribuído o FIPRESCI Prize, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, o que realça a crescente relevância do festival no panorama internacional.
Dos mais de 800 filmes submetidos, foram selecionadas 16 curtas e médias-metragens e 17 longas-metragens. Todos os filmes internacionais em competição são estreias em Portugal.
"O tema transversal — Identidade, Memória e Fronteira — atravessa a totalidade dos filmes em competição, assumindo uma expressão particularmente atual e diversificada. Dos ecos do Holocausto em "Bedrock" (exibição a 29 julho) de Kinga Michalska; à força vital de uma mulher a resistir à guerra em “Flowers of Ukraine” (1 agosto) de Adelina Borets; das tradições do Entrudo de Lazarim em “O Diabo do Entrudo” (30 julho) de Diogo Varela Silva; à "elegia visual" que explora a interseção da realidade entre a memória do passado e o presente da cidade de Homs, na Síria, em "My memory is full of ghosts" de Anas Zawahri (31 julho); dos traumas e experiências passadas que definem quem somos no presente em “Ancestral Visions of the Future" (2 agosto) de Lemohang Jeremiah Mosese; às mulheres refugiadas em Portugal, que carregam as suas identidades no corpo e nas palavras, reconstruindo as suas vidas num novo território em “Kora” (3 agosto), de Cláudia Varejão; ou de “Afterwar” (1 agosto), de Birgitte Stærmose, filmado ao longo de 15 anos, e que acompanha crianças que crescem sob os traumas da guerra; a “Holding Liat” (30 julho), de Brandon Kramer, sobre a história de uma família dividida por um sequestro durante o conflito Israel-Palestina; ou "Cutting Through Rocks" (2 agosto), de Sara Khaki, sobre a primeira vereadora eleita numa aldeia iraniana, que desafiou quebrar antigas tradições patriarcais e as fronteiras de género e sociais", anuncia a organização em comunicado.
O MDOC apresentará uma secção fora de concurso com destaques especiais. Entre eles, a estreia nacional de “O Homem do Cinema”, um filme de José Vieira que presta homenagem a Jean-Loup Passek. Serão também exibidos os filmes produzidos no âmbito da residência cinematográfica Plano Frontal de 2024, mostrando novos talentos e abordagens no cinema documental.
Nota ainda para as diversas atividades formativas e de aprofundamento cinematográfico, como a oficina de cinema com Margarida Cardoso e a masterclass com Sandra Ruesga. Haverá ainda o X-RAY DOC, onde Jorge Campos explorará duas obras incontornáveis de Chris Marker e Joris Ivens.
Mais informações em https://mdocfestival.pt/
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