Terminou sábado a 25.º edição do Monstra com uma cerimónia de encerramento em que o filme “Percebes” venceu o Grande Prémio Vasco Granja – SPA mas também foi escolhido pelo publico como a melhor curta de animação, revelou a organização, recordando que “o filme tem feito um longo percurso de prémios e destaques ao longo do último ano”.

“Percebes” esteve este ano entre os finalistas no processo de nomeação para os candidatos ao Óscar 2025 da curta-metragem de animação e antes já tinha sido distinguido em festivais e vencido galardões nacionais e internacionais, como o de melhor produção nacional atribuído pelo Vistacurta de Viseu ou prémios em Otawa, Bucareste ou Melgaço.

Mas houve outras obras galardoadas na 25.º edição da Monstra: Na competição nacional, o prémio especial do júri foi para Amanhã não dão chuva, de Maria Trigo Teixeira, tendo sido atribuída uma menção honrosa a The Hunt, de Diogo Costa.

“Sanatório sob o Signo da Clepsidra”, dos irmãos Quay, venceu o Grande Prémio Longas - RTP. “Esta é a terceira longa-metragem de Stephen e Timothy Quay, dois mestres com uma longa carreira no cinema de animação e uma estética inconfundível”, sublinha a organização numa nota enviada para a Lusa.

Nas curta-metragens de obras internacionais, o escolhido para o Grande Prémio Curtas - RTP foi “Homens Bonitos”, de Nicolas Keppens, um filme que explora temas como a solidariedade e a insegurança na idade adulta e que já tinha sido nomeado para o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação.

O Grande Prémio Curtíssimas - MAX foi atribuído a “Pratos Vazios” de Gerser Gelly, de Sasha Ramírez. Já na categoria de Melhor Curtíssima Portuguesa, o prémio foi para “Oh”, de Clara Trevisan, Juan Maria León, Nan-Tung Lin, Tata Managadze.

A pensar nos mais novos, o Grande Prémio Monstrinha foi atribuído a “O Rally do Rumble-Bumble”, de Annette Saugestad Helland, Johan Caos, já o prémio atribuído pelo público escolas foi para “TPC - Trabalho de Casa”, de Nacho Arjona, enquanto o Prémio Público Pais e Filhos foi para “Tabby McTat”, de Jac Hamman, Sarah Scrimgeour.

“O festival homenageia ainda com um Prémio Carreira o realizador estónio Priit Pärn e Manuel Matos Barbosa, membro do conselho curatorial do CINANIMA, um dos principais divulgadores de cinema de animação em Portugal”, acrescenta a organização, revelando que na próxima edição do Monstra o país convidado será a Letónia.

O Festival de Animação de Lisboa cumpriu assim 25 anos, com eventos em vários espaços de Lisboa, destacando-se o Cinema São Jorge, onde decorreu uma série de iniciativas em torno do cinema de animação português e estrangeiro, com sessões de cinema, exposições, oficinas, masterclasses e debates.