Após meses de escândalos pessoais e anunciar publicamente que ia procurar ajuda para "problemas complexos de saúde mental", Ezra Miller encontrou-se pela primeira vez com executivos do estúdio Warner Bros.
Segundo a The Hollywood Reporter (THR), a reunião terá tido lugar a 24 de agosto na sede do estúdio em Burbank (Los Angeles), juntando o protagonista de "The Flash", o seu agente, e Michael De Luca e Pamela Abdy, nomeados no início de julho chefes da divisão de cinema da empresa Warner Bros. Discovery.
Os detalhes não são conhecidos, mas a revista avança que o ator norte-americano não binário de 29 anos terá pedido desculpa pela atenção mediática negativa que trouxe ao filme e ao estúdio, reafirmando o empenho tanto no seu tratamento como em relação à produção, prevista para estrear nos cinemas a 23 de junho de 2023.
A 15 de agosto, Ezra Miller pediu desculpa em comunicado: "Tendo passado recentemente por um período intenso de crise, percebo agora que estou a sofrer de problemas complexos de saúde mental e comecei um tratamento contínuo. Quero pedir desculpa a todos os que alarmei e perturbei com o meu anterior comportamento. Estou empenhado em fazer o trabalho necessário para voltar a uma fase saudável, segura e produtiva na minha vida".
Segundo as fontes da THR, Ezra Miller não se mostrou incomodado com as más notícias à sua volta nos últimos meses, mas tomou a decisão de procurar ajuda profissional após apanhar um "susto".
Apesar de ser considerado uma grande aposta para expandir o Universo DC, com os anunciados regressos de Michael Keaton e Ben Affleck como Batman, chegou ao seu conhecimento que Michael De Luca e Pamela Abdy tinham em cima da mesa todas as opções para "The Flash", incluindo a de cancelar a estreia da super produção com orçamento de 200 milhões de dólares, tal como o estúdio fez com "Batgirl" no início de agosto.
No espaço de três semanas entre março e abril de 2022, Ezra Miller foi detido duas vezes pela polícia no Havai e acusado de distúrbios, assédio e agressão.
Em junho, os problemas estenderam-se ao estado do Dakota do Norte, com os pais de uma jovem de 18 anos que o ator conheceu aos 12, a apresentarem, contra a vontade desta, um pedido de proteção, alegando aliciamento, lavagem cerebral, violência, intimidação psicológica e outras atividades ilícitas; e em Massachusetts, uma mãe apresentou um pedido de restrição temporária após alegadas ameaças contra a família e atos inapropriados com uma criança não binária.
Mas estes são apenas os escândalos mais recentes: em 2020, surgiram imagens de um incidente onde parece estar a sufocar uma mulher num bar na Islândia.
Pela mesma época, Ezra Miller apagou a sua conta no Instagram pouco depois de partilhar mensagens que pareciam gozar com as dificuldades das autoridades em localizá-lo para entregar documentos relacionados com um dos casos, que chegaram às notícias.
O avolumar dos escândalos tornou-se um problema de relações públicas para Miller e a Warner Bros. Discovery, que apostou no ator para ser Barry Allen / The Flash em "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça" (2016) após causar sensação em produções independentes como "Depois das Aulas" (2008), "Temos de Falar Sobre Kevin" (2011) e "As Vantagens de Ser Invisível" (2012).
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