O diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, foi distinguido com o Prémio Vittorio Boarini, da Fundação Cinemateca de Bolonha, em reconhecimento pelo trabalho em defesa do património do cinema e da sua história, anunciou hoje a Cinemateca Portuguesa.
O Prémio Vittorio Boarini, criado em homenagem ao fundador e primeiro diretor da Cinemateca de Bolonha, tem por objetivo distinguir anualmente “personalidades internacionais que se distinguiram na salvaguarda e difusão do património cinematográfico”.
Vittorio Boarini (1935-2021), "responsável pela criação daquela que é hoje uma das mais ativas e influentes cinematecas europeias", como escreve a Cinemateca Portuguesa em comunicado, foi pioneiro da disciplina do restauro e dos estudos de cinema, tendo igualmente dirigido a Fundação Fellini, e deu origem ao "maior festival mundial dedicado à divulgação da história do cinema", Il Cinema Ritrovato, que completou a 37.ª edição no domingo passado.
José Manuel Costa está ligado à Cinemateca Portuguesa desde 1975, quando entrou para o Serviço de Programação e Divulgação. Desde então fez parte de diferentes equipas diretivas da instituição e foi o responsável pelo projeto e instalação do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento.
A nível internacional, foi presidente executivo da Associação das Cinematecas Europeias e do Projecto Lumière, para a história do cinema, criado na década de 1990 no âmbito do programa europeu Media.
Investigador, membro fundador da Associação pelo Documentário, é também professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Este ano, além de José Manuel Costa, foi também distinguido o realizador Mohamed Challouf, fundador da Associação Ciné-Sud Patrimoine e "grande ativista da salvaguarda e difusão do património cinematográfico na Tunísia e de outros países do Magrebe", escreve a Cinemateca Portuguesa.
O prémio foi entregue no passado fim de semana, em Bolonha, na véspera do encerramento do festival Il Cinema Ritrovato.
O prémio consiste numa estatueta concebida pelo cenógrafo Giancarlo Basili e o escultor Andrea Leanza.
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