Em 1999, Jim Carrey deu o que muitos dos seus fãs consideram a melhor interpretação da sua carreira em "Homem na Lua", de Milos Forman (1999).
O papel era o do comediante Andy Kufman (1949-1984), considerado um dos mais inovadores, excêntricos e enigmáticos artistas do seu tempo. um mestre em manipular audiências, a quem tanto podia fazer rir às gargalhadas ou ficar num silêncio sepulcral, pô-las a chorar ou a causar tumultos.
Na época de estreia já circularam várias histórias, mas o documentário da Netflix "Jim & Andy: The Great Beyond" (2017) revelou a que extremos Jim Carrey foi para interpretar a personagem, para frustração de Milos Forman e outros atores... tal como acontecia com o próprio Andy Kaufman, que entrava frequentemente em choque com os colegas.
Quem não ficou fã do que viu foi o pelo ator britânico Martin Freeman ("O Escritório", "O Hobbit").
"Para mim, e tenho genuinamente a certeza que o Jim Carrey é uma pessoa adorável e inteligente, mas foi o disparate fo**** mais exibicionista, egoísta e narcisista que já vi. A ideia de alguma coisa na nossa cultura celebrar ou apoiar aquilo é perturbadora, literalmente perturbada", comentou no podcast Off Menu.
"Não é suposto você tornar-se a po*** da personagem porque é suposto estar-se disponível para coisas que acontecem na vida real, porque alguém a certa altura vai dizer 'Corta' e é inútil dizer 'O que significa 'corta' porque eu sou Napoleão?' Ridículo.", acrescentou.
Martin Freeman não hesita em descrever o comportamento que viu no documentário como falta de profissionalismo e que Jim Carrey só não foi despedido por causa do seu estatuto.
"É preciso manter-se assente na realidade e isso não quer dizer que não se perca no momento entre 'ação' e 'corta', mas o resto é um absurdo completamente pretensioso. É bastante amador, é essencialmente uma noção amadora, porque para mim não é uma atitude profissional. Homem, faz o trabalho, faz a po*** do teu trabalho", descreveu.
"Ele devia ter sido despedido. Podem imaginar se ele tivesse sido outra pessoa qualquer? Teria sido partido aos bocados, quanto mais despedido. Ter-se-iam livrado dele. Trata-se da liberdade ridícula que é dada a algumas pessoas", garantiu.
Nem Jim Carrey nem os seus representantes reagiram às declarações de Martin Freeman, que estão a receber bastante atenção online.
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