As regras para a reabertura das salas de espetáculo e eventos culturais ao ar livre, divulgadas esta semana, exigem máscaras, lugares marcados, definição de vias de entrada e de saída, limpeza e desinfeção das instalações e recintos.

Os organizadores de espetáculos e os titulares de salas, como cinemas e teatros, têm de assegurar a existência de "planos de contingência", garantir "higienização completa das salas, antes da abertura de portas e logo após o final de cada sessão", assim como "limpeza e desinfeção periódica das superfícies", de instalações sanitárias e de "pontos de contacto”.

As salas que reabrirem já têm de o fazer com a lotação reduzida, respeitando as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde.

Da rede de exibição cinematográfica, os cinemas Ideal (Lisboa) e Trindade (Porto) já tinham anunciado a reabertura de portas na segunda-feira, com programação, mas o mesmo não aconteceu ainda com as exibidoras que detêm grande parte do mercado de exibição, como a NOS Cinemas, a Cineplace ou a UCI.

A NOS Cinemas, na sexta-feira, anunciou que as salas que explora “não abrirão na próxima segunda-feira”, sem avançar uma data para a reabertura.

A Medeia Filmes anunciará na segunda-feira as condições de reabertura do cinema Nimas, em Lisboa, e a programação das primeiras quatro semanas, numa sessão que vai encerrar com a exibição da cópia digital restaurada do filme "A Cidade Branca" (1983), de Alain Tanner.

O espetáculo “Deixem o Pimba em Paz”, com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo, que terá participações especiais de Salvador Sobral e Samuel Úria, vai ‘reabrir’ o Campo Pequeno, em Lisboa, na segunda-feira, enquanto sala de espetáculos.

Parceria entre a Everything is New, a Força de Produção, o Campo Pequeno e a Audiomatrix, esta versão de “Deixem o Pimba em Paz” repete na terça-feira. Para o mesmo local, está já marcado um outro concerto: de Dino D’Santiago, no dia 06 de junho.

A reabertura do Coliseu de Lisboa, em 13 de junho, será marcada com um espetáculo de Pierre Aderne e dos músicos da Rua da Pretas, com músicos e espectadores em palco, “com uma lotação muito reduzida”.

Também em Lisboa, o Centro Cultural de Belém remeteu para breve informações sobre as condições de reabertura dos auditórios, capacidade de assistência, regras de palco e sobre a programação, e a Fundação Calouste Gulbenkian indicou que está a fazer testes de palco com instrumentistas, remetendo para a primeira quinzena de setembro o anúncio da nova temporada de música.

No Teatro Nacional de São Carlos, que tutela o coro e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, não há uma data de reabertura, mas “em breve” serão revelados os procedimentos de trabalho das duas formações musicais e alguma programação.

A ópera, em São Carlos, conta, em quase todas as produções, com a orquestra localizada no fosso do palco, prática interdita, pelas normas sanitárias em vigor.

Na segunda-feira, Dia Mundial da Criança, ao meio-dia, o único teatro lírico português estreará o 1.º episódio da série "O que é que a ópera tem?", no seu 'site' e nas redes sociais (Facebook, Instagram), que acolherão os restantes sempre à mesma hora, sempre à segunda-feira.

Embora os espetáculos de sala só recomecem em setembro, o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, já abriu portas e iniciou o trabalho sobre os espetáculos da temporada que ficaram “pendurados”, com a suspensão das atividades, em março.

À agência Lusa, o promotor Vasco Sacramento, da Sons em Trânsito, que explora o Capitólio, também na capital, disse que abrir uma sala no dia 01 de junho não significa ter programação, porque “a retoma da produção de um espetáculo demora meses a preparar”.

No Porto, “não há condições para abrir a 01 de junho” o Super Bock Arena, antigo pavilhão Rosa Mota, no Porto, até porque o espaço está reservado para ser hospital de campanha, por causa da covid-19, até ao final de julho, disse à Lusa o promotor Jorge Lopes, que explora o espaço.

A Casa da Música abre as portas na segunda-feira para um concerto da Orquestra Barooca, com "uma redução drástica" de 85% da lotação da sala, que pode acolher 1200 pessoas, mas apenas receberá 200.

O Theatro Circo, em Braga, preparou a abertura da sala em 15 de junho, com destaque para um projeto intitulado “Sete Quintas Felizes”, em sete quintas-feiras de junho e julho, que ainda está a ser finalizado.

Alguns espaços reabrem na segunda-feira, mas isso não quer dizer que acolham já público. O Teatro da Garagem, com sede no Teatro Taborda, em Lisboa, abre na segunda-feira para a equipa de trabalho, mas conta apresentar um "pequeno espetáculo" no final de julho.

A Barraca, também em Lisboa, terá os primeiros espetáculos nos dias 05 e 06 de junho, uma iniciativa que reúne música, texto e poesia do poeta e dramaturgo andaluz Federico García Lorca.

O Meridional só retomará atividade de sala em setembro, já que o espaço vai ser requalificado a nível elétrico, pelo que o teatro ficará fechado durante o verão.

No plano de ‘desconfinamento’ faseado apresentado pelo Governo, as salas de espetáculo, teatro e cinemas são os últimos espaços culturais a reabrirem, depois de meses fechados por causa da covid-19.

A 04 de maio reabriram as livrarias, bibliotecas e arquivos, e, a 18 de maio, reabriram os museus, monumentos e palácios, galerias de arte e similares.

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