«Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)» foi o grande título consagrado pelos Óscares: foi distinguido como melhor filme, melhor realização (Alejandro González Iñárritu), argumento original (Iñárritu com Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris e Armando Bo) e fotografia (Emmanuel Lubezki ).
Os membros da Academia de Artes e Ciências cinematográficas conseguiram atribuir prémios a todos os oito títulos que estavam nomeados para o Óscar de Melhor Filme, algo que acontece pela primeira vez.
Assim, «Grand Budapest Hotel» foi distinguido também com quatro Óscares: direção artística, banda sonora (Alexandre Desplat, após oito nomeações), caracterização e guarda-roupa (a lendária Milena Canonero, que recebeu o quarto prémio da sua carreira).
«Whiplash - Nos Limites» acabou por ser uma das grandes surpresas da noite pois confirmou os prognósticos mais optimistas: o pequeno filme rodado em 19 dias foi distinguido pela interpretação do secundário J.K. Simmons, montagem e mistura de som.
Os restantes nomeados receberam um Óscar: «Boyhood» foi distinguido pela interpretação da secundária Patricia Arquette; «A Teoria de Tudo» ganhou Melhor Ator com Eddie Redmayne; «O Jogo da Imitação» recebeu o esperado prémio pelo argumento adaptado; «Selma» ganhou pela canção «Glory»; e «Sniper Americano» a montagem de efeitos sonoros.
Ainda houve oportunidade para relembrar os efeitos visuais de «Interstellar», «Ida» como melhor filme estrangeiro, «Big Hero 6 - Os Novos Heróis» como a melhor longa-metragem de animação, «Citizenfour» como documentário e finalmente consagrar uma das melhores atrizes da sua geração, Julianne Moore.
A cerimónia foi marcada por fortes discursos de cariz social e político, como o de Patricia Arquette a relembrar as diferenças de salários entre homens e mulheres, Common e John Legend as dificuldades raciais nos EUA, Graham Moore a dar esperança a todos os que se sentem «diferentes» na sua identidade sexual e J.K. Simmons a relembrar a forte ligação entre pais e filhos.
Outros momentos altos foram a introdução que aproveitou os talentos do multifacetado Neil Patrick harris, uma belíssima homenagem aos 50 anos de «Música no Coração», com Lady Gaga a cantar um medley das canções mais conhecidas e que teve o auge perfeito com a entrada em palco de Julie Andrews, e a forma como o John Travolta e Idina Menzel recordaram e resolveram a confusão que surgiu o ano passado quando o primeiro pronunciou mal o nome da artista.
Momentos estranhos? A forma como alguns nomes foram «assassinados» (Chiwetel Ejiofor, David Oyelowo, Benedict Cumberbatch, Alexander Desplat) e a introdução «emocionada» ou arrastada de Terrence Howard, que será certamente bastante analisada nas próximas horas.
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A cerimónia em imagens
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