Em 2012, Judi Dench revelou que sofria de degenerescência macular, uma doença degenerativa focada na retina provocada pela idade que estava a levá-la a uma cegueira quase total.
Em entrevista ao jornal Mirror, a atriz revelou que já não consegue ler guiões nem ver enquanto está a gravar, devido à Degenerescência Macular da Idade.
"Não consigo ver quando leio. Tenho de lidar com isso", confessou. "É difícil para mim se a cena for extensa. Ainda não encontrei uma forma. Tenho amigos que vão me ajudar. Tenho uma memória fotográfica", explicou a atriz, acrescentando que não consegue ver durante as gravações.
Ao jornal, Judi Dench sublinhou que quer trabalhar "o máximo que puder".
A atriz ganhou tudo o que havia para ganhar, numa carreira que começou em 1957 e se estendeu pelo cinema, teatro e televisão, e foi de Shakespeare a James Bond. Tornou-se aquilo a que os seus compatriotas gostam de chamar... um tesouro nacional.
O elogio tornou-se uma paródia (pesquisem-se no YouTube os vídeos em que é "interpretada" por Tracy Ullman) e a visada dispensa: "Toda a gente o diz, toda a gente. É horrível, é medonho. Odeio-o", dizia numa entrevista em 2017.
Pensar em "reforma" também não é bem-vindo: quando se tornou a pessoa mais velha a ser capa nos 104 anos da edição britânica da revista Vogue em junho de 2020, chegou a proibir o seu interlocutor de mencionar a palavra na sua casa durante a entrevista.
Um ano antes, explicou que estava cansada da pergunta e acrescentou que "as pessoas reformam-se para andar, pintar ou viajar. Todas essas coisas. Bem, eu consigo fazer isso. Estou a fazer o trabalho que faria se me reformasse".
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