Sam Taylor-Johnson começou a carreira como fotógrafa e artista de vídeo antes de fazer um pequeno filme "indie" sobre a vida de John Lennon chamado "Nowhere Boy", que se chamou "Para Lá da Música" em Portugal.
Daí deu o salto para um dos maiores projetos de Hollywood, a adaptação de um livro sobre uma relação sadomasoquista que se tornou um fenómeno chamado "As Cinquenta Sombras de Grey".
Houve notícias sobre conflitos nos bastidores entre a realizadora e a escritora E.L. James que acabaram por a afastar das sequelas, mas aconteceu o mais importante: o filme foi um sucesso gigantesco de bilheteira.
E o que aconteceu a seguir? Nada.
Ao contrário do que acontece com quase todos os seus colegas masculinos, o sucesso não fez Hollywood bater à porta de Sam Taylor-Johnson, antes pelo contrário.
"Você ficaria surpreendida em como... não, tristemente não ficaria surpreendida", disse a realizadora à jornalista do IndieWire sobre as propostas que recebeu após "As Cinquenta Sombras de Grey".
Sobre a sua posição na indústria após o sucesso, acrescentou: "Estava literalmente a lutar".
"Tinha feito uma curta-metragem. Tinha feito um 'indie'. Tinha feito um sucesso gigantesco de bilheteira. Tinha feito uma série. Trabalhei agora com um orçamento extremamente pequeno [no seu novo filme 'A Million Little Pieces']. Tenho toda a experiência. Provei que sou capaz, mas ainda estou numa posição muito baixa na lista", explicou, ilustrando mais um caso de tratamento desigual em Hollywood.
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