Gary Oldman declarou-se 'hipercrítico' do seu trabalho no Festival de Cannes, uma forma de justificar o seu tom pejorativo ao falar da sua atuação na saga "Harry Potter", que classificou como "medíocre", provocando polémica entre os fãs.
Os atores "são sempre hipercríticos" do seu trabalho, disse o ator britânico em conferência de imprensa na quarta-feira em Cannes, onde participou na estreia de "Parthenope", do italiano Paolo Sorrentino.
"Se eu assistisse uma atuação minha e pensasse ‘Meu deus, estou fantástico nisto’, esse seria um dia triste. Porque o meu melhor trabalho é no ano que vem", comentou.
Em dezembro do ano passado, Oldman tornou-se viral ao classificar a sua interpretação na saga de "medíocre".
"Não queria menosprezar nenhum fã de Harry Potter e dos filmes", garante agora.
Oldman revelou que não tinha lido os cinco livros que foram adaptados aos filmes onde interpretou a personagem de Sirius Black, o padrinho sombrio do jovem feiticeiro que todos pensavam que tinha entregue os seus pais a Voldemort.
"Se soubesse desde o início" o arco [narrativo] de Sirius, "talvez o tivesse abordado de forma diferente", afirmou.
Em relação a "Parthenope", que disputa a Palma de Ouro, Oldman vive o escritor John Cheever, que lutou a vida toda contra o alcoolismo.
"Acabo de celebrar 27 anos de sobriedade", contou o ator na sala de imprensa, provocando aplausos.
"Quando Paolo me disse ‘Quero que interprete este poeta triste, melancólico e bêbado’, respondi ‘Claro, sei mais ou menos o que é isso!’".
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