Wes Anderson já prepara o próximo projeto, numa altura em que "Asteroid City", o seu novo filme, já esta nos cinemas e arrecadou nove milhões de dólares nas bilheteiras dos EUA e Canadá em pouco mais de 1600 salas, uma sensação para uma produção com orçamento médio (25 milhões).
Nas últimas semanas, o cineasta de culto revelara em entrevistas que estava a preparar aquele que será o seu 13.º filme, com a intenção de arrancar com a rodagem no outono.
O projeto também seria uma mudança de paradigma: não mais do que três personagens principais, em contraste com os seus últimos filmes, incluindo "Asteroid city", que junta no elenco atores como Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Tilda Swinton, Bryan Cranston, Edward Norton, Steve Carell, Maya Hawke, Willem Dafoe, Margot Robbie e Jeff Goldblum.
Sem detalhes dobre a história, a imprensa norte-americana avançou entretanto que os três eleitos são Michael Cera (que esteve para entrar em "Asteroid City"), Jeff Goldblum (será o quinto filme com o realizador) e Benicio Del Toro (será o segundo filme).
Agora, Wes Anderson levantou a ponta do véu em declarações à imprensa de França, onde vive.
"A minha próxima longa-metragem será linear, com Benicio Del Toro em todos os planos. Não posso dizer muito mais a não ser que será sobre espionagem, a relação entre pai e filha e, vamos dizer assim, um um tom bastante sombrio", disse ao jornal Le Monde (acesso pago) (via World of Reel).
À revista Cahiers du Cinéma, revelou que "vou noutra direção e provavelmente vai ser menos sombrio do que estava a planear. Será muito sobre a família, ainda mais do que em 'Asteroid City'".
"Neste momento, estou a meio de escrever um argumento para um filme em que vai entrar o Benicio Del Toro. Talvez seja demasiado cedo para estar a falar sobre isso... bem, a Cahiers será o primeiro lugar onde o menciono. O meu plano é fazer um filme especialmente sombrio", acrescentava (via Richard Brody).
Se os pormenores vão vagos, uma certeza é que Wes Anderson está a aumentar o ritmo de trabalho: passaram quatro anos entre "Grand Budapest Hotel" (2014) e "Ilha dos Cães" (2018), três até "Crónicas de França do Liberty, Kansas Evening Sun" (2021), que fora adiado por causa da pandemia, e dois até "Asteroid City".
E este ano será ainda lançada "The Wonderful Story of Henry Sugar", uma curta-metragem para a Netflix baseada num conto de Roald Dahl com Benedict Cumberbatch, Ralph Fiennes, Dev Patel, Rupert Friend, Richard Ayoade e Ben Kingsley.
"Ele é um viciado em trabalho. Tenho de lhe reconhecer isso", disse Robert Yeoman, o seu diretor de fotografia, ao The Film Stage.
A rir, acrescentou: "Saltámos diretamente do 'Asteroid City' para a coisa do 'Henry Sugar'. Estávamos na Espanha e depois fomos para a Inglaterra. Ele trabalha mais do que qualquer um. Ele sempre tem algo a acontecer. Eu sou um pouco mais do género: descansar algum tempo e aproveitar a minha vida".
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