Sam Taylor-Johnson tem um daqueles casos de "se soubesse o que sei hoje" em relação ao filme "As Cinquenta Sombras de Grey".
"Nunca posso dizer que me arrependo porque isso acabaria comigo. Em retrospetiva, passaria pelo mesmo outra vez? Claro que não. Teria de ser maluca", afirmou ao Sunday Times, acrescentando que a experiência a deixou "literalmente com interesse zero" pelos outros títulos da saga.
Logo após a estreia do primeiro filme, tanto ela como a argumentista Kelly Marcel afastaram-se da saga, numa altura em que já circulavam muitas histórias de divergências com a escritora dos romances eróticos E.L. James, enquanto o estúdio tentava mediar as partes.
Taylor-Johnson, que perdeu há pouco tempo a posição de "melhor estreia de um filme realizado por uma mulher" para Patty Jenkins e "Mulher-Maravilha", ter-se-á sentido "criativamente algemada" e, por seu turno, E.L. James, insatisfeita com o primeiro filme e com um contrato que lhe dá controlo criativo sobre todas as facetas da produção, terá exigido um maior envolvimento na rodagem das sequelas, o que poderia passar por ser ela mesma a escrever os argumentos.
James Foley acabou por ficar à frente de "As Cinquenta Sombras Mais Negras" (2017) e o ainda inédito "As Cinquenta Sombras - Livre" (2018). O novo argumentista? Niall Leonard, marido de E.L. James.
Na mesma entrevista, a realizadora admite que não percebe qual a razão para a escritora não ter gostado dela.
"Gosto de toda a gente e fico realmente confusa quando não gostam de mim. Não consigo perceber quando não consigo dar-me com uma pessoa, quando não existe qualquer sinergia", explicou.
Após a experiência, Taylor-Johnson só fez dois episódios de "Gypsy", série ainda inédita da Netflix, mas anunciou que o marido, o ator Aaron Taylor-Johnson ("Os Vingadores", "Animais Noturnos"), vai estar envolvido no seu próximo projeto. Os dois conheceram-se na rodagem de "Para Lá da Música" (2009).
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